Memórias de Verde, Silêncios de Azul

Poemas soltos, por Elsa Braz

domingo, março 12, 2006

Aquela mãe

Aquela mãe
Olhos de água
Embala um filho
No peito
Verde
Na mágoa
No jeito
Como a nascente
Que cresce
No destino
De alcançar
E em rio
Se perde
E esquece
E em rio
Se torna mar.

Embala o filho
No olhar
Com mãos
Batidas de vento
Não tem espera
Não tem tempo.

Rasgando a noite
As estrelas
Caminha
Verde no jeito
O filho que leva
Ao peito

Além
As vozes caladas
Pelas veredas fechadas
Num sonho
De alma nua
Caminha
Pisando a lua.

Nas mãos
Batidas de vento
Velas
Não tem espera
Não tem tempo

Caminha
Pisando a lua
Atravessa continentes
Desejos de amor ausentes
Cantando a noite
A manhã

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Muito bonito o poema mãe.
Mas nao deixe o blog em abandono e vá mantendo-o actualizado com novas entradas.

Beijinhos,
Filipe

16/3/06 12:52  

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