Memórias de Verde, Silêncios de Azul

Poemas soltos, por Elsa Braz

sábado, março 19, 2011

NO DIA DO PAI



AO MEU PAI



Acendi a lareira

Dos afectos

A chama a transbordar

E coloquei na mesa

Todos os sonhos

Ainda por sonhar

Deixei

Dispersa

A vida

Em pedaços iguais

Repartida



É Dia do Pai



A toalha de linho

Matizada

De ternura

E de esperança

Os copos a brilharem

Estrelas

Magia

A mesma nostalgia

De criança



Quando o meu pai chegou



Igual

O mesmo

Naquele olhar inquieto

No jeito de falar

E no abraço

Sem tempo

Nem espaço

Como se o Dia do Pai

Não existisse

Como se o Dia do Pai

Acontecesse

Em cada instante.

1 Comentários:

Blogger Lilá(s) disse...

Tenho sempre presente o seu olhar, era diferente,olhos cheios de esperança no futuro dos filhos, cheios de ternura...tal como tu sinto que cumpri a minha missão, não o deixei ficar mal...A saudade não vai embora mas a sua presença está sempre connosco.
Beijinhos

1/4/11 15:19  

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