Memórias de Verde, Silêncios de Azul

Poemas soltos, por Elsa Braz

quinta-feira, agosto 25, 2011

Á beira do destino




Sentei-me
Á beira do destino
Como se fosse o mar
Que sonhava em criança
Numa lágrima
Ou na gota de chuva.

Imaginando
O destino
Como se fosse o mar
Sentei-me
Sem nome
Numa qualquer praia.

E fui chapinhando
As asas das gaivotas
O cansaço
Dos passos
As ondas de sal
Lavadas de espuma

Acenando
Acenando
O sonho dos barcos.

Liberta
Do tempo e do espaço
No abraço
Do mar e do céu.

Liberta
Enfim
Liberta.

E simples.
Como grão de areia
No coração de um búzio
O espreguiçar
Do sol
O derramar
Da noite.

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